quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Vídeos e Fotos do Sol Estariam Revelando um Corpo Celeste Misterioso?

Por Gério Ganimedes

Fotos e vídeos do sol têm inundado as redes sociais e parecem apresentar em meio a reflexos de lente e aberrações ópticas um personagem misterioso que hora aparece e hora desaparece.
 
Seja uma “onda viral” ou um fenômeno real, esta anomalia já foi registrada em vários países e de vários ângulos de observação. Devido a grande quantidade de vídeos e fotos, teremos que filtrar aqueles que possuem conteúdo mais significativo.
 
Os céticos continuam “batendo na mesma tecla”, afirmando que tudo não passa de resultados de reflexos das lentes dos equipamentos utilizados.


Frames extraídos do vídeo do Youtube/créditos: Missao Acordar
Análise: Gério Ganimedes


O nome deste argumento é “FLARE”, no entanto neste vídeo em particular, registrado nos EUA, e que é objeto de nossa análise, pode-se perceber nitidamente que as aberrações ópticas e o corpo celeste misterioso ao lado do sol, se distinguem claramente.
 
O vídeo me foi enviado por nosso parceiro Célio F. Siqueira e foi postado no Youtube pelo usuário: Missão Acordar. Todo este processo de discernir entre o falso e o verdadeiro é uma longa caminhada e deve-se tratar e observar todo o contexto e detalhes do material que é publicado.
 
A proposta desta postagem é apresentar o material e uma análise inicial do conteúdo, para que juntos através de óticas de análise de leitores, parceiros e colaboradores possamos chegar o mais perto de uma resposta científica. Na imagem acima fiz o que chamo de "análise com poucos recursos", mas creio que seja suficiente para diferenciar o que é “efeito” e o que é “protagonista sólido”, ou seja, algo que não tenha sido criado pelo reflexo da luz.


Veja o vídeo
 


Texto e análise: Gério Ganimedes
Colaboração e Divulgação: Rosana Ganimedes
Colaboração Especial: Célio F. Siqueira via WhatsApp

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Gério Ganimedes
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Droga apreendida com príncipe saudita seria para o Estado Islâmico

O príncipe saudita Abd al Muhsen ben Walid ben Abdelaziz Al Saud foi preso por policiais libaneses quando tentava abordar em seu avião privado com duas toneladas de pastilhas da droga conhecida como Captagon, um tipo de anfetamina muito popular entre os milicianos do grupo terrorista Estado Islâmico.

Segundo resenha o portal Europa Press a droga estaria dirigida aos terroristas do auto-proclamado Estado Islâmico.


Abd al Muhsen ben Walid ben Abdelaziz Al Saud

A prisão do príncipe saudita Abd al Muhsen ben Walid ben Abdelaziz Al Saud, foi realizada no aeroporto internacional Rafik Hariri de beirute, capital do Líbano, quando tentava abandonar o país à bordo de seu jet privado carregado com as substâncias ilícitas.

De igual maneira, o portal Kaos en la Red assinala que as decapitações que temos visto foram sob a influência do Captagon. Militantes do Estado Islâmico enlouquecidos pelas drogas violam e decapitam crianças, resenhou.

Foram encontradas pílulas em posse de combatentes do Estado Islâmico mortos em Kobani, uma cidade kurda no norte da Síria, de onde foram expulsos os jihadistas.

Os Curdos acreditam que estas pílulas são anfetaminas, o que explica a impavidez suicida dos jihadistas durante as batalhas e a brutalidade bestial com a que realizam atrocidades: estupros, decapitações e crucificações.

“Levam quantidades de pastilhas que seguem tomando. Isto parece colocá-los ainda mais loucos. Ficam agitados e estão dispostos a castigar as crianças inclusive por coisas insignificantes”, contou a ‘The Daily Mirror’, Ekram Ahmet, um Curdo que retirou a sua família de Kobani.

A análise da voz do ‘jihadista John’ sugeriu, segundo ‘The International Business Times’, que estava sob a influência de anfetaminas quando decapitou o refém britânico David Haines.

É muito possível que se trate da droga Captagon, sobre a que informou a agência Reuters em janeiro passado.

De acordo com Reuters, o colapso da infraestrutura estatal, o debilitamento das fronteiras e a proliferação de grupos armados durante os quase três anos de conflito, transformaram a Síria num importante centro de produção de drogas, em especial de Captagon.

Ademais, o consumo de Captagon cresceu notávelmente. Segundo os psicólogos, esta substância ajudam aos combatentes a suportar duras batalhas, longas jornadas sem dormir e inclusive à dor se são torturados.

Mesmo assim, os médicos revelam que também os civís sírios estão experimentando cada vez mais com estas pastilhas, que podem ser conseguidas por um preço de entre 5 e 20 dólares.



O carregamento de droga foi descoberto pelas autoridades do Aeroporto Internacional de Beirute.

Em relação à prisão do príncipe saudita se soube que junto a Abdel Mohsen ibn Walid foram presas quatro pessoas suspeitas de narcotráfico.

O membro da realeza saudita tentou passar pelos controles do aeroporto aproximadamente duas toneladas de pastilhas de Captagón, uma droga à base de anfetaminas e que é indicada para os tratamentos de pacientes com epilepsia e depressão.

A polícia libanesa indicou que a carga de pastilhas estava distribuída entre 24 caixas e oito maletas. O avião privado se dirigia à Riad, capital da Arábia Saudita.

Os aparelho de segurança do país indicou que se trata da maior apreensão de droga na história do aeroporto internacional de Beirute.

Fonte: telesurtv.net

RUSSIA É ATINGIDA POR NOVO METEORITO NO DIA 22/10

Cientistas da Rússia afirmaram que mais um meteorito caiu no país na última semana. Dessa vez, no Lago Baikal, na Sibéria, segundo informou o canal de TV Zvezda nesta quarta-feira.

Embora o fragmento de corpo celeste tenha atingido a região no último dia 22, apenas hoje o Observatório Astronômico da Universidade de Irkutsk divulgou o seu relatório sobre episódio, discutido intensamente por habitantes locais, na internet, ao longo dos últimos dias.



"O pedaço de meteorito foi observado primeiramente à altura de 67,2 metros, mas, em seguida, foi rapidamente perdido de vista à altura de 62,1 metros", disseram os pesquisadores.

De acordo com o observatório, o meteorito não teve muita força ao se aproximar da Terra, e a sua velocidade não excedeu os 13 km/s durante o seu choque contra o lago, a cerca de um quilômetro da costa, perto da aldeia de Bolshoe Goloustnoe.


Via: http://br.sputniknews.com/

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Em fotos: A vida dos trabalhadores dos esgotos de Mumbai, na Índia

Trabalhadores descem ao 'inferno' nos esgotos de Mumbai, na Índia, para manter a superfície limpa.   A gigantesca, cidade mantém cerca de 30 mil pessoas vivendo no lixo, em condições quase subumanas; e todas são de casta considerada 'inferior'.

(Foto: Sudharak Olwe)    Via :http://g1.globo.com/
 
Mumbai, na Índia, tem cerca de 30 mil funcionários de conservação, também conhecidos como varredores, que vivem uma rotina de trabalho intensa e insalubre – para não dizer infernal.
 
O fotógrafo Sudharak Olwe registrou a vida dessas pessoas, que passam seus dias nos esgotos e no meio do lixo para manter a cidade limpa.
Confira as imagens:

 
 
Todos os varredores pertencem à casta dos dalits, antes conhecidos como intocáveis. Eles coletam o lixo, varrem as ruas, limpam calhas, enchem e esvaziam caminhões e atuam nos aterros.
 
 
 
Essas pessoas muitas vezes têm de descer às galerias de drenagem de águas – algumas são tão profundas que poderiam acomodar um ônibus de dois andares. Depois de emergir, o trabalhador pode levar horas para se 'recuperar'. O trabalho não requer habilidades especiais, apenas um par de braços e pernas e a coragem de descer o que para muitos seria o 'inferno'.
 
 
 
Parmar usa uma pesada vassoura de madeira para limpar essa escadaria – para fazer uma pequena pilha com as minúsculas folhas que tira dos degraus são necessárias de 30 a 40 passadas. E esse trabalho tem de ser feito bem rápido, antes que as folhas sejam espalhadas pelo vento.
 
 
 
O material que esses trabalhadores removem inclui carcaças de animais, restos de comida, fios de aço, lixo hospitalar, pedaços pontiagudos de vigas de madeira, pedras, vidro quebrado e até lâminas.
 
 
 
A remoção é um trabalho árduo e as ferramentas para isso são primitivas: as mãos são usadas para levantar o lixo e os ombros, para carregá-lo. Jadhav, que atua nessa função há vários anos, não gosta de falar sobre seu trabalho. Há cicatrizes em seus ombros, provocadas pelas varas de madeira. Questionado sobre dores, ele acena com a cabeça.
 
 
 
Há quatro aterros situados nos extremos leste e oeste da cidade – todos com a capacidade já esgotada. Nenhum deles tem uma cantina ou ao menos um pequeno quarto onde os trabalhadores possam trocar de roupa ou apenas sentar para descansar durante uma pausa.
 
 
 
Um 'benefício' do trabalho é o direito a uma pequena casa, mas muitas acabam tendo de ser divididas entre duas ou mais famílias. Uma linha no chão divide o 'território' de cada uma delas.
 
 
 
A mulher de Hiraman, que se recusou a ser fotografada, está furiosa porque, segundo diz, o varredor dá a ela apenas 150 rúpias (R$ 9) mensais para manter a casa. Quando esse registro foi feito, ameaçava deixá-lo – ele a mandava se calar. Hiraman está visivelmente esgotado e é improvável que viva por muito tempo. Se morrer, ela será considerada um 'caso digno de pena' e herdará seu trabalho.
 
Créditos/Fotos: Sudharak Olwe
Fonte: BBC 

O reator nuclear pré-histórico no Gabão, na África



Quando foi confirmado que o urânio parecia eliminação de reação nuclear, pesquisadores de todo o mundo viajaram para estudar o local, na república do Gabão (Damien Meyer/AFP/Getty Images)

É possível que um acidente geológico resultou em reatores nucleares ‘naturais’ melhores equipados do que os reatores existentes hoje? Na África, em uma montanha há rejeitos de urânio. Depósitos que sugerem a existência de uma civilização avançada hà 2 bilhões de anos atrás.





Chamado de ‘monstro atômico’, em todo o mundo não houve maior produtor de energia nuclear e mais eficiente. Paredes com ângulos inclinados, isolamento para o lixo nuclear e a melhor refrigeração que a engenharia poderia desenvolver. Ele tinha uma estrutura bem concebida que poderia tê-lo mantido para sempre.

Assim, após o período da ‘grande destruição’, muitas civilizações posteriores tentaram explorar o que restava do ‘monstro’ para voltar aos dias de glória.

Mas o prédio foi muito dilapidado e o sistema de reciclagem de urânio já não funcionava. Finalmente, ao longo dos milênios, as paredes e os canais de refrigeração foram oxidados, corroídos e acabaram sendo confundidos com a montanha que antigamente os havia abrigado. Milhões de anos mais tarde, o único remanescente de uma tecnologia de construção que existia naquele lugar era o material empobrecido, o resto do reator estava irreconhecível.

 
Este cenário de ficção não poderia ter sido muito diferente do real, quando você considerar que para muitos cientistas a existência de um ‘reator nuclear no Gabão’, um depósito de urânio gigante encontrado na África na década de setenta, é um fenômeno que nunca poderia ter acontecido naturalmente.

 
A partir de uma idade aproximada de 2 bilhões de anos, Oklo mina na República do Gabão, saltou à luz internacional quando uma empresa francesa descobriu que seu urânio tinha sido extraído e utilizado.

 
Depois de analisar amostras da mina, os técnicos Tricastin Usina Nuclear descobriram que o mineral não seria bom para fins industriais. Suspeitando uma possível fraude por parte da empresa que exportava urânio, Tricastin Central decidiu investigar a razão das mostras de urânio normais serem aproximadamente 0,7% de material utilizável, enquanto que o Oklo apenas aproximados de 0,3%. Quando foi confirmado que o material parecia eliminação de reação nuclear, pesquisadores de todo o mundo viajaram para estudar o local.

 
Depois de uma exaustiva análise química e geológica, os cientistas por unanimidade chegaram a uma conclusão assustadora: as minas de urânio no Gabão não poderiam ter sido outra coisa além de um reator de 35 mil km², o qual iniciou o seu trabalho 2 bilhões de anos atrás e manteve-se em operação durante outros 500 mil anos.

 
Estes números assombrosos levaram muitos especialistas a quebrar suas cabeças pensando em uma possível explicação. Mas 40 anos depois, o caso das minas de Gabão ainda desperta-lhes as mesmas perguntas que tinham no início. O que ou quem estava usando a energia nuclear antes de qualquer civilização pisara na Terra? Como eles projetaram um complexo de reatores tão grande? Como foram mantidos em operação por tanto tempo? 

 
A explicação implausível
Em um esforço para explicar a origem do reator, os cientistas se voltaram para uma velha teoria do químico japonês Kazuo Kuroda, que anos antes tinha sido ridicularizada depois de postular sua teoria.

 
Kuroda disse que uma reação nuclear poderia ocorrer sem que a mão do homem intervenha e que a natureza dê uma série de condições essenciais: um depósito de urânio no tamanho certo, um mineral com uma alta proporção de urânio físsil, um elemento que age como moderador na ausência de partículas dissolvidas que impedem a reação.

 
Mas, três das condições de Kuroda eram altamente improváveis. Ainda mais difícil de explicar era como uma reação nuclear natural poderia ter permanecido equilibrada, sem que o núcleo de urânio fosse extinto ou derretesse durante o período de cerca de 500 mil anos.


Por esta razão, os cientistas adicionaram à hipótese de Kuroda um fator final: um ocasional sistema geológico que permitia a entrada de água para os depósitos e da saída do vapor de reação.
 
Estima-se que hà muitos milhões de anos, a proporção de urânio físsil na natureza foi muito mais elevada (cerca de 3% do minério), um evento chave para que a reação suposta possa ter ocorrido. Com base nesse fator, os cientistas propuseram que a cada três horas os depósitos de urânio poderiam ter sido espontaneamente ativados quando inundados com água filtrada as rachaduras, gerando calor e se apagando quando a água, que atuava como moderadora, se evaporava completamente.

 
No entanto, a teoria de Kuroda, a água necessária deveria ter uma boa relação de deutério (água pesada) e deveria estar ausente de qualquer partícula que poderia parar os nêutrons na reação. Poderia água que escoa através das rochas ter essas condições tão excepcionais? Poderia estar na natureza um líquido, que hoje requer um processo de produção elaborado?
 

Engenharia avançada
Após uma série de análise geológica, os pesquisadores descobriram que o reator Oklo ainda manteve uma última surpresa: Os ‘depósitos’ de resíduos adotaram uma disposição tal que apesar de ter passado milhões de anos, a radioatividade não havia escapado fora da mina.

Na verdade, foi calculado que o impacto térmico de reatores operacionais não devem ter passado de uma gama de mais de 40 metros. Cientistas reconhecem a inabilidade de um sistema de resíduo emular tão eficiente. O reator ainda é estudado de modo a conceber novas tecnologias baseadas na sua estrutura.
 
Resumindo, o gigante reator no Gabão foi o melhor já concebido em relação a qualquer reator moderno.
Assim, mesmo que a teoria dos ‘reatores naturais’ seja agora a mais difundida no meio acadêmico, no local de Oklo hà muitas perguntas que ainda aguardam sem serem respondidas.

 
Por que o urânio foi encontrado em depósitos bem delimitados e não por acaso dispersos em toda a Terra? Por que esse fenômeno ocorreu apenas na África e não em outras partes do mundo? Pode coincidentemente as paredes de uma mina formar um desenho de tal modo que nenhuma radioatividade possa migrar para fora da mesma? Mas, acima de tudo, o que exatamente aconteceu no Gabão 2 bilhões de anos atrás?

 
Via https://www.epochtimes.com.br/

Células solares imprimíveis e produzidas em massa entram no mercado e podem mudar tudo


Especialistas em energia solar australianos que compõem o Victorian Organic Solar Cell Consortium, desenvolveram e começaram a comercializar células solares que são criadas com uma impressora 3D.





O grupo, constituído por cientistas do CSIRO, da Universidade de Melbourne e Universidade Monash têm trabalhado na tecnologia por mais de sete anos e descobriram uma maneira de imprimir mais barato os painéis no plástico, incluindo smartphones e laptops, permitindo que sejam feitos aparelhos eletrônicos auto-recarregáveis. Eles também são capazes de imprimir diretamente em paredes e janelas usando uma película solar opaca e afirmam que podem alinhar um arranha-céu com painéis, tornando-o eletricamente totalmente auto-suficiente.

"Nós imprimimos em plástico mais ou menos da mesma maneira que imprimimos nossas notas de plástico", disse Fiona Scholes, cientista de pesquisa sênior da CSIRO. "Conectar os nossos painéis solares é tão simples como ligar uma bateria. É muito barato. A maneira em que ele se parece e funciona é bastante diferente de telhado solar de silício convencional."

O próximo passo é a criação de um revestimento por pulverização solar para aumentar a energia do painel. "Nós gostaríamos de melhorar a eficiência de painéis solares - precisamos desenvolver tintas solares para gerar mais energia da luz solar," disse Scholes. "Estamos confiantes de que podemos empurrar a tecnologia ainda mais longe nos próximos anos."

Fonte: Minds

Plutão tem Superfície Rica e Luas Estranhas, revela sonda da NASA


A revista Science publicou o primeiro artigo científico apresentando detalhes das informações iniciais de Plutão recolhidas pela sonda espacial New Horizons.

A NASA vem divulgando algumas imagens ao longo das últimas semanas, mas esta é a primeira vez que dados detalhados são divulgados.



As cores foram reforçadas por computador para ilustrar as diferenças na composição e na textura da superfície de Plutão.[Imagem: NASA/JHUAPL/SwRI]
 
Riqueza distante
Lembrando que, devido à distância e à pouca energia disponível a bordo, a sonda New Horizons possui uma conexão muito lenta com a Terra, o que significa que somente em meados do ano que vem todos os dados coletados pela sonda durante o sobrevoo a Plutão chegarão às mãos dos cientistas.

Mas esses dados preliminares já foram suficientes para revelar que Plutão é um corpo celeste com uma diversidade impressionante, muito mais rica do que o eventualmente chato e sem graça "bloco de rocha gelado nos confins do Cinturão de Kuiper" que alguns já usaram para descrevê-lo.

Luas de Plutão
A começar pelos satélites de Plutão, a missão caracterizou o formato, tamanho e direção de rotação de suas cinco luas: a enorme Caronte - ou Charon -, quase do tamanho de Plutão, Nix e Hidra, Stix e Kerberos, descobertas com imagens do telescópio Hubble em 2012.

Os dados praticamente descartam a possibilidade de outras luas ou, pelo menos, satélites com dimensões suficientes para serem classificados como luas.

Nix e Hidra surpreenderam, primeiro por revelarem, juntamente com Plutão, indicações de gelo de água. Elas também apresentam uma superfície surpreendentemente brilhante, sendo que se esperava que vários processos tivessem escurecido as luas.
 


Os sinais que parecem ser gelo de água em Plutão, marcados em azul, ficam a oeste do "coração" do planeta. [Imagem: NASA/JHUAPL/SwRI]

Ainda está por ser esclarecido o complexo comportamento das órbitas das cinco luas, que dá suporte ao conceito de que Plutão poderia ser classificado como um sistema binário, juntamente com sua lua Caronte. A isso se soma o fato de que a New Horizons mostrou que o diâmetro de Plutão é menor do que se calculava - 2.360 km -, o que significa que sua densidade deve ser maior e, portanto, mais próxima à de Caronte.

"Nós acreditamos que Nix e Hidra estejam girando realmente muito rápido, e girando de uma forma estranha, podendo ser as únicas luas regulares, no sentido de satélites que estejam próximos de seus planetas hospedeiros, que nem sempre apontam a mesma face para o seu hospedeiro," disse Douglas Hamilton, membro da equipe.

Os dados confirmaram que Nix e Hidra têm dimensões similares - respectivamente, 48 km por 32 km e 43 km por 32 km - e que a composição superficial de ambas é semelhante. Dados do instrumento LEISA, um espectrômetro na faixa do infravermelho próximo, que ainda serão transmitidos à Terra, deverão dar maiores informações sobre essa composição.

Cores de Plutão
A grande surpresa com Plutão, além do coração no seu hemisfério Sul, veio com uma grande diversidade de cores e brilhos ao longo de sua superfície.

Podem ser vistas desde regiões escuras e avermelhadas na região do equador, até regiões brilhantes e azuladas nas latitudes mais altas - o colorido só é interrompido pelo "coração de Plutão".
 


 
Outra surpresa revelada recentemente é que Plutão tem uma atmosfera rarefeita, mas com um leve tom azulado. [Imagem: NASA/JHUAPL/SwRI]

A oeste do coração há uma região rica em gelos de metano e de monóxido de carbono, enquanto as regiões equatoriais mais escuras parecem não ter quase nenhum gelo volátil. As regiões avermelhadas têm indícios fortes de gelo de água em Plutão, mas a confirmação dependerá de novos dados.

"Gelo de água é um novo elemento que nós deveremos considerar conforme tentamos juntar as peças da complexa composição superficial de Plutão," disse Silvia Protopapa, membro da equipe do instrumento LEISA.

A região contendo nitrogênio congelado é interessante porque não apresenta nenhuma cratera de impacto, levando os astrofísicos a calcularem que a formação tem menos de 100 milhões de anos de idade.

Se todos esses gelos se confirmarem, a região pode ter verdadeiras geleiras se deslocando pela superfície, uma vez que, nas temperaturas de Plutão - uma média de -230º C -, o nitrogênio se congela em uma substância mole, sobre a qual o gelo de água pode escorregar facilmente.

As cores vermelhas indicam a presença de compostos orgânicos conhecidos como tolinas, que resultam da irradiação de misturas de metano, nitrogênio e monóxido de carbono.

No entanto, os pesquisadores afirmam ainda não entender a relação entre o gelo de água e as tolinas na superfície de Plutão, sobretudo por que o gelo de água aparece especificamente no lugar indicado pelos dados - mas não em outros lugares - e quais tipos de tolinas estão presentes.


Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

Bibliografia: The Pluto system: Initial results from its exploration by New Horizons S.A.Stern et al.Science Vol.: 350 no. 6258 DOI: 10.1126/science.aad1815