terça-feira, 9 de junho de 2015

Deagel.com - Uma incógnita na Informação do planeta


Muita atenção aos dados que mostraremos abaixo, porque são os mais suspeitos e preocupantes.   Evidentemente, não devem ser tomados como dados conclusivos, nem tão pouco devem ser considerados como uma previsão séria e confiável sobre o futuro.

Sejamos prudentes, pois deve ter algum tipo de explicação ou deve se tratar de algum tipo de erro (pelo menos é o que queremos acreditar).

No entanto, são tão extraordinariamente chamativos que merecem um artigo, nem que seja por curiosidade.

Estes dados foram extraídos de uma página norte-americana chamada Deagol.com.

Esta página se dedica, principalmente, a oferecer arquivos e dados estatísticas a nível mundial sobre aviação civil e militar, armamento e exércitos, mísseis e munição, tecnologia militar e aeroespacial e outros dados estratégicos e econômicos.

Nesta página podemos encontrar desde as últimas notícias referentes a aquisição de jatos particulares classificados por países e modelos, até os últimos modelos de submarinos nucleares usados em diferentes países do planeta.



Podemos deduzir que esta página deve trabalhar com fontes de dados bastante confiáveis.

Mais informações sobre a página Deagel.com neste artigo: El Robot Pescador: El misterio de deagel.com

No entanto, entre os dados que controlam nesta página, há uma parte que oferece dados econômicos e demográficos de praticamente todos os países do mundo.

Especificamente, nos oferece dados referentes a sua população atual, seu orçamento militar, sua renda per capita, seu Produto Interno Bruto (PIB), entre outros.



Até aí, tudo normal.

O que é mais preocupante, são as previsões que a página realiza para o ano de 2025 no que se refere a todos estes dados.

Para cada país, a Deagel.com realiza uma previsão estimada de seu nível de população, sua renda per capita e seu Produto Interno Bruto previstos para o ano de 2025.

E os resultados são tão surpreendentes quanto aterroradores.

Vejamos alguns exemplo.

Segundo a Deagel.com, a Índia atualmente, (dados do ano de 2013), dispõe de uma população de 1,2 bilhões de pessoas, um PIB de 1,8 bilhões de dólares e um orçamento militar de 43 bilhões de dólares. Para o ano de 2025, a Deagel prevê que a Índia terá uma população de 1,4 bilhão de habitantes, um PIB de 4,3 bilhões de dólares e um orçamento militar de 105 bilhões de dólares.

Como podemos ver, os dados referentes a esta previsão são os previstos e normais para um enorme país em vias de desenvolvimento.

O mesmo podemos dizer de países como a China, que atualmente possui uma população de 1,4 bilhões de pessoas e a Deagel prevê que será mantida a mesma quantidade para o ano de 2025. Em relação ao seu PIB, a Deagel prevê que passará dos 8,9 bilhões de dólares atuais para 15 bilhões em 2025, um aumento descomunal, mas lógico.

Como podemos deduzir, todos estes são dados nada surpreendentes: as populações aumentam ou se estabilizam e os Produtos Internos Brutos também crescem, de acordo com o nível de desenvolvimento dos países.

Mas o que acontece com as previsões referentes a países como os EUA ou outros países da União Europeia?

As previsões são tão incríveis e assustadoras que parece mentira que alguém se atreva a publicá-las!

Por mais que demos voltas, não podemos conceber o que pretendem significar.

Muita atenção.

Segundo este site, os EUA atualmente possui uma população de 326 milhões de habitantes e um PIB de 17 trilhões de dólares.

Em 2025, a Deagel prevê que os EUA terão somente 69 milhões de habitantes e um PIB de 921 bilhões de dólares!

Alguém pode explicar estes dados?

Estão prevendo, nada mais nada menos, que os EUA perderão 257 milhões de habitantes em 11 anos! E o seu PIB se reduzirá a quase uma vigésima parte da atual!

São dados sensivelmente apocalípticos.

Alguém poderia pensar que se trata de um erro ao publicar os dados.

Mas quando revisamos as previsões para os outros países, descobrimos que os EUA não é o único país que segundo a Deagel.com, perderia a maior parte de sua população e de sua riqueza.

Atenção aos dados da Espanha:

Atualmente, possui 47 milhões de habitantes e um PIB de 1,4 trilhões de dólares. No entanto, para o ano de 2025, prevê uma população de 26 milhões de habitantes e um PIB de 493 bilhões de dólares.

Alguém pode explicar como a Espanha vai perder 21 milhões de habitantes em 10 anos? Onde se supõe que terão ido essas pessoas?

E não é o único país da Europa que sofrerá uma aterradora queda da população e PIB.

Segundo as previsões da Deagel.com, a Grécia perderá quase toda a sua população, passando de 11 milhões atuais para 2,9 milhões. A destruição completa do país....

Portugal passará e 11 milhões para 6,8 milhões.

A Itália perderá 19 milhões de habitantes, passando de 61 milhões para 42 milhões, assim como mais da metade de seu PIB.

A França perderá 28 milhões de habitantes e mais da metade de seu PIB.

O Reino Unido perderá 31 milhões de habitantes e seu PIB será reduzido a uma quinta parte.

A Irlanda seria praticamente reduzida pela metade, passando de 4,8 milhões para 2,7 milhões e seu PIB reduzido a 30% do atual, aproximadamente.

Inclusive os países escandinavos sofrem quedas incompreensíveis de população e PIB, segundo esta página.

Por exemplo, a Suécia passaria dos 9,7 milhões de habitantes para 3,5 milhões...

Noruega, de 5,1 milhões para 1,9 milhões…

Inclusive países como a Islândia passarão do 315.000 habitantes para 120.000, uma terça parte.

No entanto, outro país escandinavo, a Finlândia, tem um comportamento ligeiramente diferente: passaria dos 5,3 milhões de habitantes para 4 milhões e somente reduziria seu PIB pela metade.

No centro da Europa é onde encontramos as previsões mais estranhas.

Por exemplo, para a Holanda é previsto uma queda pela metade, passando de 27 milhões de habitantes para 9,1 milhões.

No entanto, a Bélgica, um país vizinho, perderia somente 1,7 milhões de habitantes, passado de 10 milhões para 8,3 e seu PIB se reduziria a somente 61% do atual.

Em contrapartida, a Alemanha iria sair quase ilesa de tudo isto: perdia somente 2 milhões de habitantes e somente teria queda até os 71% de seu PIB atual (dados por si devastadores se não fossem comparados com as previsões apocalípticas dos demais países).



A curiosa tela que nos oferece a página quando consultamos os dados da Alemanha...
Inclusive países tão intocáveis e "perfeitos" como a Suíça será praticamente anulada do mapa, passando dos 8 milhões de habitantes atuais para somente 2,8 milhões e com uma monstruosa redução do PIB dos 646 trilhões de dólares atuais para 80 bilhões... a aniquilação completa do país dos banqueiros...

No entanto, a Europa Oriental parece ficar praticamente intacta.

A República Checa: perderia 1 milhão de habitantes e 14% do PIB.

A Polônia mantem os seus 38 milhões de habitantes e seu PIB continua praticamente igual.

A Hungria quase não experimenta mudanças de população mas, no entanto, aumenta o seu PIB em 46 bilhões de dólares.

E algo semelhante acontece na Romênia.

No que se baseiam estas estranhíssimas previsões? De onde saem estes dados?

Como se atrevem a publicar semelhante "disparates" sem temer que sua reputação seja prejudicada?

Mas vamos mais longe.

O que aconteceria com a Rússia segundo estas previsões?

Segundo os dados, a Rússia perderia apenas 8 milhões de habitantes e aumentaria seu PIB de 2,1 trilhões de dólares para 3,3 trilhões de dólares.

Um país que melhoraria notavelmente, como a China e a Índia em um claro contraste com os dados apocalípticos dos EUA e Europa Ocidental.

Inclusive outros países anglo-saxões e aliados à OTAN sofrerão um destino terrível segundo estas previsões.

A Austrália perderia 10 milhões de habitantes, passando de 22 milhões para 12 milhões e sofrendo uma espantosa queda de seu PIB de 1,5 trilhões de dólares para 199 bilhões em dez anos! Isso é praticamente o mundo pós apocalíptico do filme Mad Max...

Tudo isso chama poderosamente a atenção. Recordamos que se trata de uma página norte-americana, presumidamente respeitável...

No entanto, haverá regiões inteiras que permanecerão intactas diante de tanta "previsão apocalíptica", como por exemplo, toda a América Latina. Todos eles com ligeiros aumentos de população e notáveis aumentos do PIB e riqueza de suas populações.






Chile

Brasil

Mas o mais surpreendente é o contraste entre as previsões para a Europa Ocidental e EUA com a de alguns países africanos, atualmente atingidos pela pandemia.

Serra Leoa, atualmente castigada pelo Ebola seguiria aproximadamente em seus níveis atuais, com variações muito pequenas.

O mesmo podemos dizer da Libéria, que inclusive desfrutaria de um notável aumento de seu PIB em 50%.

Senegal dobraria o seu PIB e manteria sua população.

A África do Sul teria um um magnífico futuro, segundo os dados destas previsões, perderiam somente 2 milhões de habitantes e aumentando o seu PIB de 354 bilhões de dólares para 631 bilhões...

E países como o Quênia se manteriam em limites similares aos atuais...

E o que prevê estes dados para regiões conflitantes como o Oriente Médio?

Pois, mais surpresas...

Israel perderia quase metade de sua população e seu PIB seria reduzido a 25% do atual.

No entanto, a Síria, um país atualmente destruído pela guerra, manteria a sua população intacta e aumentaria o seu PIB em 50%.

Há algum sentido?

O país vizinho, Turquia, aumentaria em 8 milhões de habitantes e experimentaria um aumento muito notável de seu PIB, passando de 822 bilhões para 1,3 trilhões...

E não são os únicos contrastes deste tipo que podemos encontrar por toda a região.

A Arábia Saudita perderia metade de sua riqueza e manteria seu nível atual de população.

Enquanto o Irã cresceria minimamente em população, mas dispararia seu PIB em quase o dobro do atual...

E em contraste, algumas monarquias do Golfo Pérsico, seriam reduzidas a praticamente nada...

Os Emirados Árabes seriam reduzidos minimamente, com uma queda do PIB de até 10% do atual...

E o Qatar com registros semelhantes...

Há alguma razão lógica para tudo isto?

Estavam bêbados os responsáveis destas previsões?

Ou há algo oculto nisso tudo que não sabemos?

Se trata de uma piada?

A página foi hackeada?

Ninguém em seu perfeito juízo e que pretenda manter um mínimo de credibilidade pode realizar previsões deste tipo e não entendemos o porque de uma página que parece ser "séria" como a Daegel.com lançar uma publicação de dados como estes.

O mais provável é que tudo isto não seja mais do que uma provocação...

Mas não exageramos se afirmarmos que todos estes dados parecem ser os posteriores a uma guerra mundial, na qual a Europa Ocidental, EUA e Austrália (países da OTAN) seriam praticamente destruídos.

E cabe destacar que segundo as mesmas previsões, a população mundial para o ano de 2025 se reduziria em 200 milhões de habitantes em relação a atual... algo inédito à luz dos atuais níveis de crescimento da população.

Estes dados nos oferecem um futuro sem os EUA, com a Europa Ocidental destruída (incluindo a Espanha) e com uma China convertida em 25% do total do PIB mundial.

Seria o desenvolvimento de uma Nova Ordem Mundial... não?

Population: População / GDP: Produto Interno Bruto (PIB) / Mil. Exp.: Orçamento Militar Anual / PPP: Paridade do Poder de Compra (PPC) ou Paridade do Poder Aquisitivo (PPA). Os números de baixo representam os dados atuais e os números de cima, a previsão para o ano de 2025.

O gráfico nos mostra os países que mais perderiam populações entre agora e 2025 (Big Losers) e os que mais ganhariam habitantes (Big Winners)

As empresas farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis, diz o Nobel da Medicina!


O Premio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.

Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn

Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

A investigação pode ser planejada?

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projetos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.

Parece uma boa política.

Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...

E não é assim?

Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.

Como nasceu?

A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.

Uma aventura.

Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.

Foi cientificamente produtivo?

Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.

O que descobriu?

Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing(manipulação genética).

Para que serviu?

Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.

Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?

É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.

Entendo.

A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.

A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...

Como qualquer outra indústria.

É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.

Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.

Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.

Por exemplo...

Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...

E por que pararam de investigar?

Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.

É uma acusação grave.

Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.

Há dividendos que matam.

É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.

Um exemplo de tais abusos?

Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.

Não fala sobre o Terceiro Mundo?

Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.

Os políticos não intervêm?

Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.

Há de tudo.

Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…


Fonte:  La Vanguardia. Retirado de Outra Política

Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net