ESSE A NASA NÃO PREVIU?
YEKATERINBURGO - Mais de 500 pessoas ficaram feridas em consequência de um meteorito que atravessou o céu e explodiu sobre a região central da Rússia nesta sexta-feira, lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrando janelas e danificando prédios.
Em entrevista à 'Rádio Estadão', integrante da comunicação social Embaixada Brasileira na Rússia, Alexandra Rudakova, relata que não há brasileiros entre os feridos, mas que o clima é de pânico.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta-feira recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.
Uma autoridade ministerial local disse que a chuva de meteoros pode ter ligação com um asteróide do tamanho de uma piscina olímpica que vai passar a uma distância de 27.520 quilômetros da Terra nesta sexta-feira, mas isso não pôde ser confirmado.
A agência espacial russa, Roscosmos, disse que o meteorito viajava a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo e que eventos desse tipo são difíceis de serem previstos.
O Ministério de Emergências da Rússia disse que 514 pessoas procuraram ajuda médica, a maioria por pequenos ferimentos causados por estilhaços de vidro, e que 112 precisaram ser hospitalizadas. Equipes de busca estavam atrás dos destroços do meteorito.
Apesar de incidentes do tipo serem raros, acredita-se que um meteorito tenha devastado uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados na Sibéria em 1908.
O Ministério de Emergência da Rússia descreveu o acontecimento desta sexta como uma "chuva de meteoro na forma de bolas de fogo", e pediu aos moradores para manter a calma.
A agência espacial norte-americana, a Nasa, informou que um asteroide conhecido como 2012 DA14, com cerca de 45 metros de diâmetro, passaria nesta sexta-feira o mais perto da Terra desde que os cientistas passaram a monitará-los rotineiramente, há 15 anos.
Satélites de televisão, meteorologia e comunicação voam cerca de 800 quilômetros acima da distância estimada para a passagem do asteroide. A lua está 14 vezes mais longe.
Fonte: Estadão
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