quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Nibiru, O Planeta Perdido



Nibiru (também traduzido como Neberu ou Nebiru), este corpo celeste misterioso, é uma realidade nas manchetes e na esfera do pensamento e da preocupação. Mas, a verdade da sua existência e do que ela representa continua a ser algo obscuro. Algo que transita entre o conhecimento científico e mitologia antiga renascida na pós-modernidade, uma lenda cósmica.


Há milênios, muito antes do escritor e filólogo de línguas mortas Zecharia Sitchin ter ressuscitado seu mito, cada cultura da Terra tem se referido a ele com um nome diferente e entendido sua natureza cosmológica de forma diferente, ora como um planeta, ora como um enorme cometa.

Quem é o Planeta X?
De acordo com a interpretação que Sitchin faz da cosmologia suméria, haveria um planeta desconhecido de nossa ciência que segue uma órbita elíptica e demorada, passando pelo interior do Sistema Solar a cada 3.600 anos. Este planeta chamar-se-ia Nibiru (associado ao deus Marduk na cosmologia babilônia). Segundo Sitchin, Nibiru teria colidido catastroficamente com Tiamat, outro planeta hipotético, localizado por Sitchin entre Marte e Júpiter. Esta colisão supostamente teria formado o planeta Terra, o cinturão de asteroides, e os cometas. Tiamat, conforme descrito no Enuma Elish, o épico da Criação mesopotâmico, é uma deusa. De acordo com Sitchin, contudo, Tiamat era o que é agora conhecido como Terra. Quando atingido por uma das duas luas do planeta Nibiru, Tiamat teria se partido em dois. Numa segunda passagem, o próprio Nibiru teria atingido os fragmentos e metade Tiamat tornar-se-ia o cinturão de asteroides. A segunda metade, novamente atingida por uma das luas de Nibiru, seria empurrada para uma nova órbita e tornar-se-ia o atual planeta Terra.


O cenário delineado por Sitchin, com Nibiru retornando ao interior do Sistema Solar regularmente a cada 3.600 anos, implica numa órbita com um eixo semi-principal de 235 unidades astronômicas, estendendo-se do cinturão de asteroides até 12 vezes mais distante do Sol que Plutão.



Os muitos nomes de Nibiru
De fato, esse mítico astro tem mais de uma dezena de nomes pelos quais foi mencionado e/ou profetizados em textos que pertencem à literatura de variadas correntes de pensamento.

1. Os cientistas chamam de "Planeta X" 
2. ou de  "10º Planeta".
3. Para o sumérios, é Nibiru.
4. Entre Babilônios, Marduk, o Rei dos Céus, o Grande Corpo Celestial.
5. Entre os egípcios é Neteru
6. ou Seth
7. ou Apep (Apophis)
8. Estrela Baal
9. Celestial Quetzalcoatl ou Tzoltze ek para os Maias.
10. No texto bíblico aparece como Ajenjo ou, como no Apocalipse (ou Livro das Revelações do apóstolo João)
11. Absinto.
12. Os mórmons chamam Kolob.
13. Na Bíblia Kolbrin, é O Destruidor.
14. Os Espíritas, reconhecem nele o Planeta "Chupão", purgatório ou purificador da Humanidade.
15. Na cultura dos nativos norte-americanos Hopi é a Estrela Azul e Vermelha.
16. Para os hebreus, na Antiguidade, o Globo Alado
17. ou o próprio Yahweh (Jeová).
18. Para os Fenícios, A grande Fênix.
19. Os gregos chamaram-no Tiphon
20. ou, ainda Nêmesis.
21. Na tradição chinesa é Gung-gung, o Grande Dragão Negro e Vermelho.
22. Na profecia Ramala (Ramallah, profecias de Qur'an ou dos Manuscritos do Mar Morto)
22. é mencionado como o Mensageiro Ardente.
23. Os Gnósticos chamam-no Hercóbulos.
24. No Evangelho de Mateus (24: 15-16), é atribuída a Jesus a advertência:

“Quando virdes o (23.) abominável devastador, que foi predita pelo profeta Daniel, posta no lugar santo – o que lê entenda – então os que se acham na Judéia, fujam para os montes. Mateus. “(24: 15-16)



25. Também Nostradamus, em suas profecias refere-se a este visitante terrível: ele é O Grande Rei do Terror, O Monstro ou O Novo Corpo Celeste, como, por exemplo, nas quadras abaixo:

“Quando o sol ficar completamente eclipsado;
O monstro será visto em pleno dia;
mas o interpretarão de outra forma.
Não serão tomados cuidados: ninguém irá prevê-lo.
(Nostradamus, cent. III, quadra 34 Apud WEOR)

A Lua, devido ao novo corpo celeste, aproximar-se-á da Terra e seu disco aparecerá 11 vezes maior que o Sol, o que provocará grandes marés e inundações.”
(Nostradamus, cent. IV, 30 - idem)

O Planeta dos Deuses


De acordo com os estudos de Sitchin, as antigas placas cuneiformes sumérias descrevem Nibiru como sendo o lar de uma raça extraterrestre humanóide e tecnologicamente avançada chamada de Anunnaki (chamados Nefilim da Bíblia). Ele afirma que eles chegaram à Terra pela primeira vez aproximadamente 450.000 anos atrás, em busca de minérios (especialmente ouro), descobertos e extraídos na África.



Esses "deuses" eram os militares e pesquisadores da expedição colonial de Nibiru ao planeta Terra. Assim, os Anunnaki geraram o Homo Sapiens através de engenharia genética para serem escravos e trabalharem nas minas de ouro.

Essa criação teria sido dada através do cruzamento dos genes extraterrestres com os do Homo Erectus. Inscrições antigas relatam inclusive que a civilização humana da Suméria foi estabelecida sob a orientação dos "deuses", e a monarquia humana foi instalada a fim de prover intermediários entre a humanidade e os Anunnaki. 


DNA de uma Deusa



Em agosto de 2002 o Museu Britânico em Londres revelou caixas não abertas encontradas no porão do museu da época, de Woolley, contendo esqueletos das Tumbas Reais de Ur de uma deusa rainha, depois descoberta como Ninpuabi, filha de NINSUN (anunnaki) + LUGALBANDA (semi-deus anunnaki), sendo Irmã mais nova de Gilgamesh.

Procurando saber se haveria planos para examinar DNA nesses ossos, Sitchin entrou em contato com o museu. 

Educadamente foi informado de que não havia planos para tal. Através de petições ao museu, o mesmo desejava fazer o mapeamento genético da deusa e compará-lo ao humano, mostrando assim nosso parentesco extraterrestre. 

Por muitos anos Sitchin tentou realizar o sequenciamento genético da “Deusa de Ur”, sendo sempre negado, sem nenhuma explicação ou justificativa, até seu falecimento em 2010. O projeto nunca foi retomado, por nenhum de seus seguidores ou outrem.

12º Planeta
A perspectiva da "colisão planetária" por Sitchin tem ligeira semelhança com uma teoria levada a sério por astrônomos modernos - a teoria do impacto gigante sobre a formação da Lua há cerca de 4,5 bilhões de anos por um corpo chocando-se com a recém-formada Terra.

Como na tese anterior de Immanuel Velikovsky em "Worlds in Collision", Sitchin afirma ter achado evidências de antigos conhecimentos humanos sobre movimentos celestes desgarrados em diversos relatos míticos. Estas teriam ocorrido durante os primeiros estágios da formação planetária, mas entraram para o relato mitológico através da raça extraterrestre que supostamente evoluiu em Nibiru após estes choques.

Sitchin baseia seus argumentos em suas interpretações pessoais de textos pré-nubianos e sumérios e no selo VA 243. Ele afirma que estas civilizações antigas tinham conhecimento da existência de um décimo segundo planeta.

Um ciclo de destruição



É grande a variedade de denominações e menções para um misterioso astro que periodicamente aproxima-se da Terra provocando cataclismos naturais. Tal antiguidade das referências a esse mito, indicam, no mínimo, que existe alguma verdade nos relatos, não acham?

À proximidade deste corpo celeste é atribuída a força que desencadeia catástrofes globais que foram registradas nas crônicas de muitos povos da Antiguidade. Entre estas, talvez as mais conhecidas sejam as histórias dos Dilúvios, "destruição do Mundo" pelas águas: o Mesopotâmico Gilgamesh e sua reprodução hebraica, o Dilúvio de Noé.

Na “Antropogênese da Doutrina Secreta” de H. P. Blavatsky, existem vários trechos que falam desses desastres globais que mudam radicalmente a face Terra alterando a configuração dos continentes (das terras emersas) e aniquilando civilizações inteiras.

As informações que essa teósofa reúne em sua obra fazem parte de tradições milenares, oriundas das mais diversas culturas e nações do planeta. Em um desses trechos, Blavatsky reproduz o quê denomina de Estância II ou Capítulo II dos Livros de Dzyan, falando de uma época muito anterior ao surgimento da espécie humana:




“A roda girou por trinta crores mais. Construiu rupas; pedras moles que endureceram; pedras duras que amoleceram. O visível do invisível... Pequenas vidas... Ela os sacudia de seu dorso... “ (BLAVATSKY, 2001 - p 67)

Tradução:
30 CRORES = 300 MILHÕES DE ANOS
RUPAS = FORMAS, CORPOS
PEDRAS MOLES QUE ENDURECERAM = MINERAIS
PEDRAS DURAS QUE AMOLECERAM = VEGETAIS

Blavatsky esclarece: Esta parte refere-se a uma inclinação do eixo [da Terra] - e houve várias...

Outros autores referem-se ao mesmo episódio documentado em registros da Antiguidade:

“Como outros povos da América Média, os Mexicanos pensavam que vários mundos sucessivos tinham precedido o nosso. Cada um deles tinha se desmoronado em virtude dos cataclismos durante os quais a humanidade perecera."

Foi essa idéia que dominou o mito dos "Quatro Sóis" do calendário cosmogônico, assim como as narrativas do Popol Vuh. Segundo o etnólogo Raphael Girad, esta obra é o documento mais antigo da humanidade. É anterior ao Rig Veda e ao Zend Avesta, e afirma que nosso planeta já sofreu vários "fins de mundo".


Um dos papiros papiros Harris – (Egito) fala de um cataclismo cósmico através da água e do fogo durante o qual o sul tornou-se norte, porque a Terra fez uma reviravolta. O papiro Ipuwer (Papiro de Ipuur ou Papyrus Leiden I 344, Egito) indica, assim como o papiro Hermitage , esta inversão dos pólos.

O Fim do Mundo?
Considerando que a geologia comprova o fato de que a Terra já passou por várias convulsões que, para seus habitantes, homens, plantas, animais, pareceram ser, realmente, o Fim de Tudo, é inevitável admitir que tais fenômenos foram desencadeados por algum fator.


Algo causou e causa essas revoluções telúricas periódicas. Se o eixo da Terra se inclina, necessariamente uma influência extraterrena atua para que isso aconteça. Assim sendo, não é absurdo supor que um evento cósmico é o catalisador desses fenômenos devastadores.

A aproximação cíclica de um corpo celeste de dimensões significativas, do ponto de vista da força gravitacional, cuja passagem ocorre regularmente, sendo tais passagens intercaladas por longos intervalos de tempo, milênios, isso ̶ seria mais que suficiente causar estes míticos "Fins de Mundo". 

O que faremos, então?
É surpreendente que a 1º civilização consolidada na história da humanidade tivesse conhecimento de todos os planetas do Sistema Solar. Eles conheciam até mesmo os longínquos Netuno e Plutão (só descobertos recentemente pelos astrônomos, devido ao aperfeiçoamento dos telescópios modernos). Ora, se os Sumérios acertaram em todos os outros planetas, por que não estariam certos sobre Nibiru?

Infelizmente, nada podemos fazer a não ser monitorar o céu e torcer para que as interpretações estejam equivocadas. Afinal, se um evento de magnitudes cósmicas como este for confirmado, de nada adiantariam as lamentações.

Restará à espécie humana reconhecer a insignificância de sua realidade e de seus corpos físicos, diante da dinâmica do Universo. Só restaria reconhecer que o Universo não pode e não vai deter as interações necessárias de suas forças em função do sofrimento que isso pode causar aos habitantes deste ou daquele planeta.


Talvez seja tudo questão de tempo, afinal o Universo tem suas próprias regras e mais cedo ou mais tarde a Terra e tudo que nela vive serão destruídos de qualquer forma. Restando apenas a memória de nossos feitos e o exemplo de nossas atitudes, tanto boas quanto más.

Vamos esperar, e torcer.


Fonte: http://aborigine42.blogspot.com.br/2012/11/nibiru-o-planeta-perdido.html

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