Ao que tudo indica, a bola de fogo vista recentemente sobre a costa oeste americana não foi causada por um simples meteoro. Analises detalhadas das câmeras de vigilância do NASA e da órbita do objeto indicam que o bólido era de fato um cometa, que explodiu na alta atmosfera da Terra.
Clique para ampliar
O início da bola de fogo foi registrado por três câmeras de vigilância de céu amplo CAMS, pertencente ao projeto SETI, da Nasa, que busca por vida inteligente fora da Terra. Com os registros, foi possível através de triangulação calcular a trajetória e a órbita do objeto, que explodiu em bola de fogo a 135 km de altitude.
Os cálculos mostraram que o meteoroide teve como ponto de origem a nuvem de Oort, um local no limite do Sistema Solar onde os astrônomos acreditam que os cometas são formados, a cerca de 50 mil UA de distância ou 7.5 trilhões de quilômetros.
De acordo com o estudo, no dia 17 de janeiro pela manhã o cometa atingiu o periélio (menor distância do Sol) a cerca de 146 milhões de quilômetros da estrela e em seguida encontrou a Terra em seu caminho. O cometa se aproximou do nosso planeta com inclinação muito baixa de cerca de 19 graus, vindo da constelação de Virgem.
A colisão contra a alta atmosfera da Terra ocorreu em algum ponto acima do norte do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, a uma velocidade estimada em 72 km/s ou 260.000 km/h. Em seguida o bólido se moveu em direção ao Lago Tahoe, nos limites com o Estado de Nevada, onde atingiu as camadas mais baixas da atmosfera e foi totalmente partido e pulverizado, formando a grande bola de fogo registrada pelas câmeras.
Segundo o estudo, o cometa tinha aproximadamente 1 metro de diâmetro e foi completamente vaporizado ao entrar na atmosfera, sem tocar o solo.
Artes: No topo, imagem de uma das câmeras de céu amplo da Nasa, CAMS, registra o cometa antes de se fragmentar a 135 km de altitude. No vídeo, câmera allsky da Universidade de Stanford, na Califórnia, registra o momento exato em que o cometa explode na alta atmosfera. Créditos: SETI, NASA/AMES, Stanford University, Apolo11.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário