A bola de fogo que a 15 de fevereiro cobriu os céus de Tchelyabinsk, na Rússia, poderá repetir-se em breve.
Uma dupla de astrônomos espanhóis da Universidade Complutense de Madrid (UCM) acredita que a Terra está ameaçada por um grupo de cerca de 20 asteroides que poderão ter um impacto tão grande ou maior que aquele que se fez sentir este ano na Rússia, o maior desde Tunguska, em 1908, que se crê ter sido o sítio onde terá caído um pequeno meteorito.
No entanto, apesar da ameaçadora previsão, os espanhóis afirmam que terão de continuar a observar os corpos celestes e a fazer simulações quanto às suas órbitas para encontrar os meteoritos que maior perigo possam causar num cenário de colisão com a Terra. O que pode nem acontecer, dada a dificuldade em prever a reação quando em contacto com o campo gravitacional dos planetas.
No caso do asteróide que caiu na Rússia, não foi possível antever a queda do astro devido à posição do sol. A onda de choque da rocha espacial, cujo tamanho rondava os 18 metros e uma massa de cerca de 11 mil toneladas, provocou estragos em mais de sete mil edifícios e feriu cerca de mil pessoas.
Cenário do impacto de um pecaçinho do meteorito em Tchelyabinsk
As conclusões destes cientistas foram publicadas na revista mensal da ‘Royal Astronomical Society’. O tamanho desses corpos celestes identificados variam entre 5 e 200 metros.
Os astrônomos da UCM apontam que estes sejam pequenos fragmentos de um meteoro gigante que se tenha separado algures no tempo nos últimos 40 mil anos.
Apesar de ser identificado o maior asteroide do grupo, o 2011 EO40, como sendo aquele que maior probabilidade terá de colidir com a Terra, o estudo afirma que seriam precisos dois anos contínuos de observação da sua órbita para fazer uma previsão acertada.
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