segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ISON Mais Perto do Sol


Publicado por Prof. Cláudio BS
16 de outubro de 2013

Pessoal, o que não falta na Internet é um monte de especulações sobre a “febre” chamada ISON, se vai ou não ficar aos pedaços no periélio, então eu resolvi contribuir também com uma atualização.

Novos estudos divulgados no 45ª Divisão Anual da American Astronomical Society de Ciências Planetárias em Denver, Colorado, sugerem que Cometa ISON poderá fazer sua passagem através de uma estreita região no periélio do sol.

Os pesquisadores Matthew Knight do Observatório Lowell e Jian-Yang Li, do Instituto de Ciência Planetária apresentaram suas observações do Cometa ISON em 9 de outubro de 2013.


O primeiro critério para o ISON sobreviver ao perielio é o tamanho do seu núcleo. Núcleos de cometas menores que 200 metros de diâmetro, normalmente não sobrevivem a passagem perto do sol. Observações do telescópio espacial Hubble, bem como telescópios menores, sugerem que ISON tem de 1 a 4 quilômetros de diâmetro.

O ISON pode ser grande e denso o suficiente para não ser vaporizado e sobreviver o seu encontro com o sol. Portanto, parece que o ISON tem chances de sobreviver a combinação de perda de massa devido às força de marés.

O cientista Jian-Yang Li do Planetary Science Institute foi capaz de inferir a posição e a existência de um jato vindo do núcleo do cometa, que provavelmente marca a posição de um dos seus pólos de rotação. A cor vermelha anteriormente observada no coma do ISON sugere um cometa já ativo sublimando grãos de gelo de água à medida que se afastam do núcleo. A cor verde do ISON vem dos gases que cercam seu núcleo gelado. O núcleo do cometa contêm cianogênio e carbono diatômico. A missão Swift da NASA observou uma enorme nuvem de partículas de hidroxila em torno ISON.

O polo de rotação do núcleo indica que apenas um lado do cometa está sendo aquecido pelo sol no seu caminho para o interior até cerca de uma semana antes de atingir o seu ponto mais próximo do sol.

O ISON vai passar dentro do limite de Roche do Sol, que está a uma distância de 2,4 milhões de km com temperaturas próximas de 5.000 graus Fahrenheit ou 2.760 graus Celsius.

Cometas penetram em uma região definida como limite de Roche. Qualquer objeto dentro do limite de Roche tem uma grande probabilidade de se desintegrar devido às forças gravitacionais diferenciais do Sol.

As combinações de Limite de Roche, radiação solar e temperaturas muito alta, sugerem que o cometa não pode sobreviver a seu encontro com o Sol, se desintegrando em vários pedaços. Ou pode sobreviver, se a sua coesão interna é suficiente forte para suportar essas condições.

Nota: Em 1992, o Shoemaker-Levy 9 se separou quando passava dentro do limite de Roche de Júpiter.

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